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Sapio em "Autenticidade"
O preço de ser você mesmo (E se vale a pena pagar).

Ser autêntico é incrível... até você perceber que as pessoas preferem que você minta. 😅😅😅
Número de Palavras: 1196 / Tempo de Leitura: Aprox. 4 minutos.
Teoria linda…
Autenticidade: conceito bonito na teoria, desconfortável demais na prática!
É lindo dizer que valoriza pessoas autênticas, mas é tipo assim: Seja autêntica até onde eu considero aceitável, ok? Não sai escaralhando tudo não!
Seja você mesmo, mas não incomode ninguém.
Triste realidade…
Tente ser completamente autêntico e veja no que dá. Vai lá, faz no trabalho!
Ou melhor, fala o que você pensa num jantar de família. Nada une mais parentes do que um climão.
Ou melhor ainda, diz o que você realmente pensa sobre home office no Linkedin.
Aí… espere acontecer.
Então… vale a pena ser autêntico?
Queremos ser autênticos ou aceitos?
Seja bem-vindo à Sapio em Autenticidade – onde vamos explorar o custo real de ser você mesmo e por que, talvez, um pouquinho de falsidade estratégica não seja tão ruim assim…
Bora?
😅
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O que é?
A autenticidade tem um conceito distorcido atualmente.
Pensam que é dizer tudo que pensa, sem filtros. Mas isso é impulsividade, para não dizer falta de noção mesmo.😅
A verdade é que a autenticidade é viver de acordo com seus valores, mesmo quando isso tem um custo.
E se você não souber quais são seus valores?
E se a sua personalidade for um eterno work in progress?
Chegamos no paradoxo inicial - ninguém nasce com um "eu verdadeiro" totalmente formado! Exceto os gurus do youtube, esses vieram prontos. Faz o M!
Sua identidade é um processo, jovem gafanhoto. 🦗
Sabe o que significa?
Autenticidade não é algo fixo, mas algo que você constrói.
Preço!
Sim, ser autêntico tem consequências, preço, ou o que você quiser chamar.
É vendido que o “Seja você mesmo” é valorizado, mas… esquecem de falar o custo social, profissional e emocional.
→ Rejeição: Se sua autenticidade contraria normas, opiniões ou expectativas, prepare-se para olhares tortos.
→ Isolamento: Nem sempre ser autêntico significa ser compreendido. Às vezes, significa ficar sozinho.
→ Conflitos: Se você sempre diz o que realmente pensa, eventualmente vai irritar alguém. E acredite, poucas pessoas lidam bem com opiniões que não validam as delas.
Por isso que muita gente escolhe se adaptar. Não querem ser falsos, mas entendem que ser 100% autêntico o tempo todo é IMPRATICÁVEL!
Aliás, bom ressaltar: Nem toda autenticidade precisa ser expressada, ok? Dá uma seguradinha aí Sheldon Cooper.
A questão é: até que ponto você está disposto a pagar o preço?
Paradoxo
Já citamos, ninguém tem seu “Eu verdadeiro” formado desde sempre.
Ou você pensa da mesma forma na qual pensava 5 anos atrás?
(Se sim, senhor deus amado ó pai divino, mude!)
Não dá pra confundir autenticidade com coerência absoluta.
Não precisa ser o mesmo pra sempre. Precisa ser honesto sobre quem você é, no momento PRESENTE!
Aí vem mais dilemas:
Se autenticidade é agir de acordo com sua essência, mas sua essência está sempre mudando... como você sabe se está sendo autêntico ou apenas preso a uma identidade antiga?
Autenticidade não é destino… é processo!
Vulnerabilidade
Exigência de ser autêntico - Se expor ao risco de ser rejeitado, criticado ou pior ainda – ignorado.
→ O medo do julgamento – Você se preocupa menos com quem é e mais com o que os outros vão pensar sobre isso.
→ A necessidade de controle – Autenticidade significa abrir mão do controle da sua imagem. E isso apavora!
→ A dor da incoerência – Ninguém gosta de admitir que mudou de ideia. Mas ser autêntico também é aceitar que você estava errado.
Ou seja, ser autêntico NÃO É CONFORTÁVEL.
Quanto mais você tenta evitar o desconforto de ser autêntico, mais desconfortável você se sente por estar fingindo.
Você prefere o desconforto da vulnerabilidade ou o peso de viver uma mentira?
Pense bem…!
Autenticidade Estratégica
Não, não seja um livro aberto o tempo todo.
Autenticidade não é rebeldia gratuita (apesar de parecer). “Eu sou assim e pronto” é coisa de criança mimada (apesar de acharem que é uma declaração poderosa).
Autenticidade real é intencional (como tudo na vida, mas a maturidade não chegou pra muita gente…).
→ Escolha suas batalhas – Nem toda opinião precisa ser expressada. Nem toda verdade precisa ser dita.
→ Seja fiel aos seus valores, mas saber se adaptar – Flexibilidade não é falsidade. Você pode se ajustar ao ambiente sem comprometer quem realmente é.
→ Entenda que autenticidade não é uma licença para ser desagradável – "Estou só sendo sincero" geralmente significa "estou ignorando completamente o impacto das minhas palavras, como uma criança."
Autenticidade não é sobre ser você mesmo a qualquer custo. Principalmente se o custo for o divórcio, a demissão ou o cancelamento online.
É sobre ser você mesmo com inteligência.
Seja você mesmo; todos os outros já existem.
Mundo Moderno
Nunca foi tão fácil fingir autenticidade.
Autenticidade = Branding
Olha que m*rda!
Hoje, ser "genuíno" vende – mas só se for no ângulo certo, com a iluminação certa e editado para parecer espontâneo.
Concorda que é uma m*rda?
→ A crise da autenticidade digital – Mostrar só os melhores momentos da vida é falso ou apenas uma curadoria necessária?
→ O paradoxo do trabalho – Esperam que você seja autêntico, mas também "profissional". A questão é: onde termina a autenticidade e começa a demissão?
→ Relacionamentos e autenticidade – Todos dizem querer conexões autênticas, mas quantas pessoas realmente aceitam os outros como eles são? Ou será que queremos autenticidade apenas quando ela nos convém?
Pense bem…
Verdade seja dita: ninguém é 100% autêntico o tempo todo.
E isso não é um problema. Talvez seja apenas a forma como sobrevivemos.

Livro que pode ajudar: The End of Average: How We Succeed in a World That Values Sameness - por Todd Rose - desconstrói a ideia de que precisamos nos encaixar em padrões para ter sucesso e mostra como a autenticidade é um trunfo.
Conclusão
Ser autêntico significa aceitar que algumas pessoas vão te rejeitar. Que algumas portas vão se fechar. Que, às vezes, você será mal interpretado, ridicularizado ou até excluído.
E aí vem a grande pergunta: vale a pena?
A resposta não é tão simples.
Às vezes, sim, porque viver uma vida falsa pode ser sufocante.
Outras vezes, não, porque um pouco de adaptação pode evitar dores desnecessárias.
Talvez a autenticidade não seja sobre ser 100% verdadeiro o tempo todo - até porque ninguém precisa saber que você usa Crocs em casa - mas sobre ser fiel ao que realmente importa.
E isso significa que, em alguns momentos, ser você mesmo será um ato de coragem. 🦁
Em outros, será uma escolha estratégica.
No final, o pior erro não é perder a autenticidade.
É perder a si mesmo tentando ser quem os outros querem que você seja.
Faz sentido?
A Sapio não é egoísta, e você também não precisa ser!
Se curtiu, compartilhe com alguém que curte uma boa reflexão (ou que precisa desesperadamente de uma). Encaminhe esse e-mail ou envie esse link aqui.
Até a próxima edição da Sapio, e lembre-se: se todo mundo gostasse de você, talvez você estivesse fingindo bem demais. 😅
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